"Essa velocidade é lenta, mas não é apenas culpa das operadoras, pois há questões técnicas do protocolo de internet. Tem problemas como 'informações que se perdem e precisam ser retransmitidas' e verificação de transmissão de dados", explicou Jonas Silva, diretor de canais e programas na América Latina da Akamai.
Apesar dos números baixos, o relatório espera que o Brasil aumente a qualidade e a adoção da banda larga fixa. A Akamai cita um projeto da presidente Dilma Rousseff de investir US$ 16 bilhões para levar fibra óptica a 90% dos domicílios brasileiros, fazendo com que o país atinja velocidades na casa dos 25 Mbps até 2018.
A título de comparação, a média global de conexão de banda larga fixa é de 4,5 Mbps.
Líderes da internet banda larga fixa
Na lista de países com maior velocidade média de internet, o destaque continua sendo a Coreia do Sul com 22,2 Mbps. O estudo ainda indica que essa velocidade não é puxada necessariamente por grandes conexões. Segundo o levantamento, 79% dos acessos à rede são feitos em links com velocidade superior a 10 Mbps.
Situação parecida ocorre com Hong Kong, que ocupa a segunda posição no ranking de velocidade média. O território chinês tem velocidade de download médio de 16,8 Mbps e 60% dos acessos são em links acima de 10 Mbps.
A Akamai informou que analisou dados de 239 países ou regiões para os dados referentes à banda larga fixa. No continente americano, Brasil está atrás da Colômbia, Equador, Peru, México, Argentina, Chile, Uruguai, Canadá e Estados Unidos. África do Sul (3,2 Mbps), Portugal (8 Mbps) e Suécia (14,6 Mbps) também se sobressaem ao Brasil.
Banda larga móvel
Nos acessos de dispositivos móveis, o Brasil teve uma pequena melhora na velocidade média do link de internet. Passou de 1,5 Mbps no terceiro trimestre de 2014 para 1,8 Mbps no quarto trimestre do ano passado.
Segundo o estudo, apenas uma minoria (2,2%) da população tem velocidade média acima de 4 Mbps.
A maior velocidade média aferida pelo estudo foi registrada no Reino Unido com 16 Mbps.
Para o levantamento de internet móvel, foram analisados 50 países ou regiões.
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